UMA SITUAÇÃO QUE AINDA PREOCUPA: ACIDENTES COM CRIANÇAS EM PARQUES INFANTIS E PESSOAS EM PARQUES DE DIVERSÃO

Acidentes em parques infantis e parques de diversões podem ser variados e ocorrem por uma série de razões, muitas vezes relacionadas com:

• Projeto inadequado do equipamento;

• Equipamento inadequado para a faixa etária pretendida;

• Instalação incorreta;

• Falha no cumprimento das normas;

• Falta de inspeção;

• Manutenção deficiente. Volta e meia ouvimos notícias na televisão, rádio, internet, redes sociais, sobre acidentes envolvendo pessoas em parques infantis e de diversão, e então ficamos muitas vezes assustados, se perguntando, como isso aconteceu? Por que ainda ocorrem esses acidentes em pleno século XXI, com toda a tecnologia e recursos que existem atualmente? De quem é a culpa? Pode ter certeza, que na grande maioria das vezes a falta de fiscalização, a brecha na regulamentação (políticas públicas) e a negligência dos responsáveis, são os fatores mais relevantes nos acidentes. E é claro a imprudência dos usuários ao usar os brinquedos de forma incorreta, constituem a outra parte dessa balança.

A seguir, alguns dos tipos mais comuns de acidentes que podem ocorrer em parques infantis:

• Quedas: Este é o tipo mais comum de acidente em parques infantis. Crianças podem cair de escorregadores, balanços, ou outros equipamentos. As quedas podem resultar em fraturas, contusões, concussões ou lesões mais graves, dependendo da altura e da superfície onde a criança cai.

• Impactos: Crianças podem ser atingidas por equipamentos que se movem, como balanços ou partes de estruturas giratórias. Estes impactos podem causar cortes, hematomas ou outras lesões mais sérias.

• Aprisionamentos: Dedos, mãos ou roupas podem ficar presos em partes dos equipamentos, o que pode levar a lesões por esmagamento ou até amputações em casos mais graves.

• Escorregões e tropeções: Superfícies irregulares ou molhadas podem causar escorregões e tropeções, resultando em lesões como entorses, cortes ou abrasões.

• Lesões por esforço: Usar equipamentos de maneira inadequada ou por um período prolongado pode levar a lesões por esforço, como distensões musculares.

• Intoxicações: Em casos raros, crianças podem ser expostas a substâncias tóxicas, como tintas ou peças de equipamentos tratados com produtos químicos perigosos.

Para minimizar a ocorrência desses acidentes, é fundamental que os parques infantis sejam regularmente inspecionados e mantidos de acordo com as normas de segurança vigentes (por meio de profissional habilitado e qualificado). A supervisão constante por parte dos adultos também é crucial para garantir a segurança das crianças enquanto brincam. Equipamentos devem ser projetados e instalados conforme as diretrizes das normas técnicas para playgrounds, as superfícies de impacto devem ser apropriadas para absorver quedas e minimizar lesões, e os locais destinados a uso público devem ser isolados e devidamente sinalizados se possível, para se evitar atos de vandalismo e uso inadequado por parte da população (faixa etária/carga não condizente com o brinquedo).

Já em parque de diversão e áreas de lazer, o buraco é um pouco mais profundo. Os acidentes, por se tratar de brinquedos mais complexos e de maior dimensão, podem ter consequências graves, como:

• Lesões físicas: Lesões que vão desde pequenos arranhões e contusões até ferimentos mais graves, como fraturas, concussões, queimaduras e lesões na medula espinhal. Em casos extremos, os acidentes podem até levar à morte.

• Traumas emocionais: Testemunhar ou ser envolvido em um acidente pode causar traumas emocionais significativos, especialmente em crianças. O medo de voltar a parques de diversão ou parques aquáticos pode resultar em ansiedade e fobias relacionadas ao lazer.

• Impacto financeiro: Os custos médicos associados ao tratamento de lesões podem ser significativos, especialmente para lesões graves que exigem hospitalização, cirurgia ou reabilitação prolongada. Além disso, as vítimas e suas famílias podem enfrentar perda de renda devido a tempo perdido no trabalho.

• Reputação e responsabilidade legal: Acidentes graves podem danificar a reputação do parque e resultar em ações legais por parte das vítimas ou de seus familiares. Isso pode levar a custos legais substanciais, bem como danos à reputação da empresa.

Para evitar essas consequências, é fundamental que os parques de diversão e parques aquáticos implementem ou mantenham íntegras as medidas de segurança, forneçam treinamento adequado para funcionários, realizem inspeções regulares (através de profissionais habilitados e qualificados), e sigam todas as regulamentações e recomendações padrões de segurança relevantes.

Como já citado acima, por haver uma falta de fiscalização ou falta de manutenção, os responsáveis não têm preocupação ou as vezes esquecem que esses locais podem se deteriorar com o tempo devido a:

• Condições climáticas (corrosão/oxidação)

• Desgaste de peças, soldas e de pintura (prematuro ou natural)

• Erosão do solo onde fixa-se o brinquedo

• Perda e/ou afrouxamento de elementos de fixação (parafusos, porcas, correntes, etc.)

• Falta de lubrificação e limpeza

• Falta ou perda de sinalização e instruções de uso
  

Por fim, vale ressaltar que, mesmo atividades recreativas como parques de aventura, buffet infantis, brinquedos infláveis e Jumping's devem ser inspecionados periodicamente e assegurados perante os órgãos públicos, respeitando as diretrizes das normas vigentes.